Olá! Espero que te encontres bem!

O último ano não foi fácil para ninguém! Todos nós passámos por momentos menos bons a nível mental e emocional, o que trouxe à tona muitos sentimentos e emoções de autojulgamento.

Passámos muito tempo em casa, dias consecutivos de medo e incerteza de como seria o dia de amanhã.

Passámos muito tempo viradas para dentro , com os nossos pensamentos, o que nos colocou cara a cara com as nossas feridas não curadas, tivemos por vezes comportamentos que pensávamos não ter, situações do passado que vieram à tona, ou de como nos dissociámos da vossa verdade.

Talvez te estejas a culpar por teres ganho peso, por andares mais irritada, ansiosa, stressada, por andares sempre com pensamentos tristes e negativos…e, no final, ficas frustrada pois sabes que não podes ser assim, o que te leva a acreditares que não és suficiente boa…

Quero dizer-te que está tudo bem…tu não precisas de gostar de tudo em ti! No entanto, a vida torna-se mais fácil e leve quando aceitares essas tuas “diferenças” – a autoaceitação é o ingrediente principal para te sentires bem contigo mesma, mesmo com uns quilos a mais, com erros que cometes, com todas as tuas frustrações.

Quem nunca errou que atire a primeira pedra, certo?

Quando não nos aceitamos exatamente como somos, ficamos presas a nós mesmas, presas no nosso próprio autojulgamento.

Podes estar a pensas: “Susana, como é que eu posso amar a parte de mim que se acha feia, gorda, que não tem confiança nem força para mudar…”, “Susana, como posso amar e aceitar aquela parte de mim que está sempre com medo e ansiedade…”.

Eu percebo-te…acredita! 

Os teus sentimentos e pensamentos são válidos. Porém, não podes nem deves centrar-te neles! Se o fizeres estás a criar ainda mais julgamento, mais frustração…tudo o que alimentas cresce! Perpetuas assim essa energia que está a ser gerada!

Posso dar-te o meu exemplo: durante anos senti-me triste, depressiva, feia e gorda… chegou um dia que tive de tomar uma decisão…continuava na mesma, acabaria com obesidade mórbida e a tomar uma dose valente de antidepressivos (era para lá que me encaminhava), ou então “enfrentava o touro de frente”!

Fiz a minha escolha… enfrentei o touro de frente! Pedi ajuda, enfrentei os meus medos e as minhas frustrações. Fiz um trabalho emocional profundo de autoaceitação e autovalorização.

Foi fácil? Claro que não foi…mas consegui libertar-me de feridas que não me deixavam gostar de mim!

Estou a contar-te um pouco da minha história porque é imprescindível que entendas que qualquer julgamento que tenhas para contigo mesma, algo que não gostas no teu aspeto, na tua personalidade, mesmo com o que está a acontecer no mundo, tu não tens de gostar…mas abre-te à aceitação.

Como diz a querida Louise Hay “A Auto aprovação e a autoaceitação no momento presente são as chaves principais para que ocorram alterações positivas em todas as áreas da nossa vida.”. (retirado do livro Pode Curar a Sua Vida)

Temos de nos aceitar e aprovar na nossa totalidade. Se conseguires reconhecer e dizer: “tenho esta característica em mim que não gosto, sei que estás aí, eu aceito-te. Do que é que precisas para ser libertada? Há alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar a libertar?”, é o primeiro passo para a autoaceitação!

A maioria de nós tenta mudar à força, da maneira menos correta, o que faz com que não consigamos mudar e nos sintamos ainda mais frustradas e infelizes…

Mas quero que saibas:

💗 Tu podes aceitar não ter o corpo que desejas e ainda assim ser gentil contigo mesma!

💗 Tu podes aceitar ter baixa autoestima e falta de confiança e ainda assim ser gentil contigo mesma!

💗 Tu podes aceitar ter medo e ansiedade e ainda assim ser gentil contigo mesma!

💗 Tu podes não ter o relacionamento perfeito e ainda assim ser gentil contigo mesma!

💗 Tu podes não ter o emprego perfeito e ainda assim ser gentil contigo mesma!

💗 Tu podes não ter o rendimento financeiro desejado e ainda assim ser gentil contigo mesma!

Por isso, reconhece essa parte em ti, aceita e seguidamente encontras uma maneira de a trabalhar.

Quero dizer-te mais uma coisa… tu estás exatamente onde precisas estar neste momento da tua vida, mesmo que aches que não mereces!

Mas não quero que confundas autoaceitação com desistência! São coisas completamente diferentes!

Desistir é: “nunca vou ganhar o suficiente”, “nunca vou encontrar o amor”, “nunca vou conseguir perder peso”.

Autoaceitação é: “É aqui que eu estou, posso não gostar mas aceito e vou parar de lutar contra isso e seguir em frente.”.

Quando tens consciência e aceitas o que te está a incomodar, aprendes mais sobre ti mesma e inicias um processo de transformação pessoal curando as tuas feridas.

Quando nos abrimos à autoaceitação estamos a abrir espaço para o novo entrar, estamos a convidar a nossa mente a ter pensamentos novos e fortalecedores.

Partilho três dicas para te inspirares a aceitares-te e a ser mais paciente contigo mesma :

1️⃣ Aceita-te exatamente como és e aceita o momento que estás a viver!

Pergunta a ti mesma: o que realmente preciso neste momento? Quando aceitas que precisas de algo na tua vida, as coisas na tua mente começam a ficar mais claras! Quando não aceitas, é como se estivesses a lutar contra ti mesma!

2️⃣ Assume a responsabilidade por tudo o que acontece na tua vida!

Peço-te que pares um pouco e que reflitas acerca dos teus padrões e crenças. Uma das razões que te afasta de ti mesma é fazer o papel de vítima, no entanto, se continuares a vitimizar-te ou a permitir que te vitimizem (infelizmente nos dias de hoje ainda acontece), estás a perpetuar a crença de não teres a capacidade de sobreviver e prosperar.

Assumires a responsabilidade perante uma situação é isto: “sim eu fui magoada, muitas vezes fui mal tratada, houve momentos em que não tive o poder de escolha, mas neste momento eu amo-me o suficiente para  assumir a minha responsabilidade, não permitir que jamais isso aconteça novamente, assumindo assim o meu poder pessoal!”.

3️⃣ Auto nutrição

Uma maneira de te auto nutrires é sentires-te merecedora de cuidares de ti mesma! Normalmente, nós mulheres assumimos o papel de cuidadoras (dos nossos filhos, maridos, pais) e esquecemo-nos de cuidar de nós!

Uma forma simples de cuidares de ti mesma é estares atenta aos teus pensamentos… que tipo de pensamentos são? Negativos ou positivos? Eles estão a vir de onde? Se forem pensamentos negativos faz-te as seguintes perguntas: “de quem é esta voz? da minha mãe? do meu pai? do meu marido/namorado? d@ minha/meu amig@? do meu patrão?” Depois de identificares a pessoa  de quem é a voz, diz para ti mesma: “estes pensamentos não são meus, não fazem parte de mim por isso mesmo e devolvo-tos com amor!” Seguidamente pergunta-te:” O que é que eu realmente preciso de ouvir?”?

Quando era ainda uma criança, qual era a única coisa que querias ouvir da tua mãe e do teu pai? Seria talvez…

💗 Eu amo-te muito!            💗 Estou sempre aqui para ti!

💗 Eu protejo-te!                    💗 Tu és linda!

💗 Tu consegues!                  💗 Eu acredito em ti!

Sejam quais foram as palavras que querias ouvir e provavelmente não ouviste, nunca te esqueças que tens uma criança dentro de ti, mesmo aí no teu coração…a tua criança interior! Mima-a, nutre-a, dá-lhe carinho, dá-lhe amor! Nunca mas mesmo nunca mais te esqueças dela!

Concluindo quero só dizer-te mais uma coisa: nem sempre conseguimos controlar o que nos acontece, mas podemos sim controlar o que podemos fazer com a situação, a forma como tratamos de nós mesmas e o que isso significa para nós!

Tu és humana…não vais amar tudo em ti 24 horas por dia…e está tudo bem!

Encontra o teu próprio ritmo de autoaceitação e dá pequenos passinho todos os dias para seres gentil contigo mesma!

Começa a amar a tua totalidade já hoje e partilha comigo qual o pequeno passinho que vais implementar já hoje!

Tem um dia cheio de Amor e de Magia!

Susana

 

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